sábado, 6 de novembro de 2010

Um pouco de história...


DESCRIÇÃO DA EVOLUÇÃO DO ATENDIMENTO DADO AO DEFICIENTE

Analisando  historicamente
A partir da Antiguidade e da Idade Média encontra-se alguns dados, embora não haja documentos comprobatórios dessa época, do que poderia se considerar base da educação especial no mundo. 
Da sua concepção para o conceito desenvolvido até ao que é de conhecimento na atualidade, o “deficiente”  foi tratado e percebido de diversas maneiras, dentre algumas cita-se a prática de eliminação; abandono e confinamento; hospital para os cidadãos e abandono para os escravos; e até que enfim, com o Cristianismo, os “pobres deficientes passaram a ser considerados filhos de Deus e com alma!” Haviam inúmeras justificativas para tais ações: a melhoria da raça, o sacrifício dos deficientes evitaria o mal. E quando não mais consideraram os dificientes como pessoas desalmadas, a sociedade passou a ver os deficientes como merecedores de piedade.
O cenário para o deficiente altera-se na Idade Moderna, período de valorização do ser humano, do desenvolvimento e discussão de filosofias humanísticas, iniciação de estudos e experiências. Nessa época enfatizava-se as patologias, e nesse novo “modelo médico”, buscava-se respostas às complexidades, aos casos resistentes à terapias.
No século XX, encontra-se a concepção de que a educação de indivíduos com deficiência deveria se desenvolver em instituições especializadas e posteriormente à essa concepção, a necessidade seria de adaptação dos deficientes em ambientes comuns. Nota-se neste século traços que compõem a atual concepção de Educação Inclusiva, o que justifica no início do século XXI o convívio com a diversidade.
Ao final desta análise histórica, deve-se enfatizar os estágios básicos de desenvolvimento de formas de atendimento: negligência – ausência de iniciativas; institucionalização – segregação de indivíduos; alternativas à institucionalização – classes especiais nas escolas regulares e tentativa de superação de segregação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.

Atendimento especial
                Observa-se registros desde 1500 na Europa, de movimentos em prol do ensino de pessoas surdas e em 1700 ao ensino de pessoas cegas. Os problemas mentais nessa época era tratado com internação.
Surgem as primeiras instituições em 1784 na França, tornaram-se moldes pra a contrução em outros países.
A educação só foi propiciada aos  deficientes físicos em 1832, na Alemanha. Já os deficientes mentais em 1848, nos Estados Unidos. O atendimento evoluiu para o atendimento de outros tipos de deficiência e a partir de 1900 criaram-se as primeiras classes especiais nas escolas regulares.
No Brasil a evolução da educação especial foi semelhante, seguindo-se a educação para surdos e para cegos e posteriormente surgiram instituições  para deficientes mentais, respectivamente nos anos de 1857, 1854 e 1874.
Enfim no início do século XX estava lançado o desenvolvimento da Educação Especial. Embora  tenha sido lento porem bastante significativo, além de manter fortes ligações com as instituições privadas. Em todo o país  desenvolveram-se  instituições nas mais diversas áreas de deficiência.
Em 1960, 1970 e 1980 houve um crescimento de entidades privadas e ampliação no atendimento na rede pública.
Na década de 1960 a LDB nº 4024/1961 traz o direito de o aluno especial participar dentro do sistema geral de educação no que fosse possível.
Cria-se em 1971 a Federação Nacional das Sociedades Pestalozzi. Apaes em todo o Brasil em 1954 e AACD em 1950.
Em 1973 cria-se um órgão federal Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), visava a integração no ramos especial e regular de ensino e também nos serviços de saúde.
Ao lado de intituições de caráter filantrópico-assistencial estavam as instituições privadas de reabilitação que eram dotadas de elevado nível técnico no atendimento às crianças deficientes.
Entre 1980 e 1990 fortificaram-se no âmbito político-social movimentos para que se originassem novas iniciativas sociais e governamentais e hoje, o que tem fundamentado a educação especial é a DECLARAÇÂO DE SALAMANCA, 1994: Educação de qualidade para TODOS.
A ideia de integração foi substituída então após 1994 pela ideia de inclusão. Antes com ênfase nas dificuldades, com práticas que ainda segregavam as pessoas com necessidades especias da efetiva participação em sociedade; atualmente com a abordagem da inclusão, diferindo da anterior por dar ênfase nas possibilidades e no efetivo convívio em sociedade.
Para atingirmos os objetivos da inclusão necessita-se promover grande reviravolta no contexto educacional e para tal, é inevitável que haja mudanças nas práticas pedagógicas. 

  Chyntia Silva Teixeira - Professora de Recursos Multifuncionais

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