domingo, 7 de novembro de 2010

Vamos mudar isso!!!

 Uma criança negra no Brasil  tem 66% mais chances de morrer no primeiro ano de vida do que uma criança não negra;
 
Os problemas que atingem as crianças e adolescentes (especialmente nos segmentos mais pobres da população) vêm ganhando proporção tão ampla que o seu adequado enfrentamento figura entre os principais desafios que o Brasil deve vencer para que possa reconhecer-se e ser reconhecido como nação desenvolvida e democrática. 

Crianças negras e pobres são as vítimas preferenciais
De violência(Unicef)‏

“Os negros representam 47,3% da população brasileira, mas corresponde a cerca de 65% da população pobre e 70% da população em extrema pobreza.
Os diversos indicadores de renda e riqueza confirmam que nascer negro no Brasil implica maior probabilidade de crescer pobre”. (Ricardo Hernandes)‏

A POBREZA NO BRASIL TEM COR
 
Desde os primeiros anos de estudos, os estudantes negros 
são marcados pela discriminação na escola 
            
Menos beijos...
Menos afagos...
Menos afetividade...
Menos contato físico...


 
(Pesquisa acadêmica de Eliane Cavalheiro)‏



Assim cada um de nós está sendo convocado a opinar,
a agir como um,como si mesmo.
Mas também como grupo,como gênero,como raça
orientação sexual e demais diversidades
COMO HUMANIDADE
Neste momento, o silêncio conivente é desautorizado ...

“Todas as meninas e todos os meninos nascem livres
  e têm a mesma dignidade e os mesmos direitos;
é necessário portanto eliminar todas as formas de discriminação contra as crianças.”
( R.S.E.A.G das Nações Unidas)‏
  

*As crianças negras começam a trabalhar mais cedo...


*400 mil
meninas trabalham como domésticas,dessas, 80% são negras...

*Crianças negras
Constroem uma imagem negativa em relação ao seu pertencimento 
Racial...
 
É preciso reconhecer 


que as


marcas identitárias 



relativas ao 



pertencimento racial 




dos

estudantes negros 



podem


influenciar em seu 



processo

educativo devido às




dificuldades

enfrentadas pelo



racismo



e

discriminações.

 








Temos de nos arrepender nessa geração, não tanto pelas más ações das
Pessoas más, mas pelo silêncio assustador das pessoas boas... 
(MARTIN LUTHER KING)‏
 
Fonte: Professora Roseane - 1º Seminário de Inclusão/ Corumbá de Goiás - 2010


sábado, 6 de novembro de 2010

Dos direitos...

O artigo 227 da Constituição Brasileira afirma

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
 

Projeto Cidadão


Escola Municipal Dom Emmanoel Gomes de Oliveira

Professora: Vanusia Simôa de Morais e Silva

Público alvo: 32 alunos da zona rural

Duração: 30 a 40 minutos diários


 PROJETO CIDADÃO



 Apresentação:

É importante salientar que este projeto tem por finalidade levar o cidadão a compreender a cidadania como participação social e política, exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais.
No dia-a-dia nos sujeitamos à atitudes de solidariedade, cooperação e até mesmo de repúdio às situações sociais. Utilizar-se-á o diálogo como forma de mediação entre os indivíduos, além da valoração do contexto de vida de cada indivíduo.


Justificativa:

Aspectos socio-culturais são vivenciados no ambiente escolar, e no intervalo entre os períodos matutino e vespertino não é diferente. Até o retorno dos alunos da zona rural às suas casas, percebe-se a necessidade de trabalhar esse tempo ocioso, no intuito de acalmá-los para que não haja prejuízo na estética da unidade de ensino e tão pouco nas relações interpessoais com os colegas o que também contribuirá para uma melhor inserção no contexto social.


  
  Problematização: 

Para um bem estar entre os alunos, foram apontadas metas de qualidade que ajudam os alunos a enfrentarem o mundo atual como cidadãos participativos, reflexivos e autônomos, conhecedores de seus direitos e deveres.
Nossa clientela tem uma variação de idade entre 7 e 13 anos, para imbuir comportamento de igualdade e respeito entre eles faz-se necessário o desenvolvimento de atividades, sem que os canse, lembrando que eles já passaram por uma jornada de 4 horas e trinta minutos em sala de aula e que o cansaço é inevitável por terem acordado ainda de madrugada para deslocarem-se  até a escola.
A intenção do projeto é fazer com que os alunos progridam de forma crítica, construtiva, e responsável. Para tal espera-se que utilizem o diálogo como mediador nas situações de conflito e que aprendam a tomar decisões coletivas.

 Objetivos:

a)    Participar de diálogo dando enfoque às formas de organização social, que se expressam na diversidade  presente em diferentes grupos e povos da comunidade, abordar valores com finalidade de constituição de família e convivência comunitária.
b)   Participar de diferentes atividades corporais adotar uma atitude cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões sociais, físicas, sexuais ou culturais.
c)    Valorizar a capacidade humana de criar situações voltadas para o bem estar como relações de amizade, resguardando a infância.





  Metodologia:

Os conteúdos serão previamente planejados dentro do tema ética e cidadania, o que não impede a abordagem de outros que se fizerem pertinentes.
O projeto se desenvolverá a partir dos seguintes procedimentos:
·         Atividades de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas ;
·         Desenvolvimento de jogos e brincadeiras integrados às outras disciplinas;
·         Explorar os conhecimentos prévios dos alunos para o desenvolvimento de atividades e jogos variados;
·         Uso do diálogo (bate-papo),  momento em que relatam suas vivências.  Dinâmica GV e GO em que se alternam as funções em grupo, um GV – Grupo Verbaliza   e GO – Grupo Observa.

  Recursos:

·         Professora 
·         Alunos
·         Bolas
·         Jogos diversos
·         Atividades lúdicas como cruzadinhas, caça palavras, etc
·         Livros diversos

  Avaliação:

Acompanhamento do desenvolvimento do aluno no decorrer das atividades propostas, observando se os alunos demonstram segurança diante das situações, se respeitam as regras das atividades e as diferenças individuais dos colegas.

Revisão: Professora Chyntia Silva Teixeira

Inclusão Social - Pessoas com Deficiências

PRÉ-PROJETO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA


PRÉ-PROJETO DE PESQUISA  EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Chyntia Silva Teixeira
  
Pirenópolis - Goiás
2010

 1 INTRODUÇÃO



1.1 Título



Inclusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nas classes comuns de ensino regular.  


1.2 Tema


A sociedade evoluiu e discursos sobre os direitos humanos fizeram com que novas possibilidades de ensino fossem repensadas.
Em termos teóricos: Jean Piaget, com a abordagem interacionista e Vygotsky com a abordagem sócio-interacionista. Ambas destacando um papel determinante da interação do sujeito com o mundo que o cerca.
A Língua Brasileira de Sinais torna-se um recurso  imprescindível para que haja a comunicação entre pessoas surdas com as demais de sua convivência, tornando-se base facilitadora dessa interação e convivência. 
 

1.3 Problema


Desde 2008 atua em nossa unidade de ensino uma profissional surda, que vinha trabalhando como auxiliar de secretaria, ajudando a cuidar das crianças no período do recreio e na entrada e saída da escola. As crianças mostraram-se curiosas ao notarem que essa funcionária se comunicava de maneira diferente: usando LIBRAS. A curiosidade gera inquietações, então porque não aproveitarmos efetivamente a oportunidade de convivência com uma pessoa surda que domina LIBRAS, e favorecer a convivência dessa funcionária entre toda a comunidade escolar? 

1.4 Justificativa da Pesquisa


Buscamos o aprendizado através do planejamento e desenvolvimento de atividades que possibilitem situações em que os alunos trabalhem a cooperação e trocas entre si, que experimentem vivências desafiantes para transporem barreiras impostas pela própria sociedade e que aprendam a aceitar, respeitar e valorizar a diversidade.
O Projeto de Inclusão da Língua Brasileiras de Sinais nas classes comuns de ensino regular contribuirá para o fortalecimento dos vínculos com a inclusão na nossa unidade de ensino.  


1.5 Objetivos

 

1.5.1 Geral


            Promover o aprendizado e desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais, visando o respeito e valorização das diferenças.

 


1.5.2 Específicos

 

a)      Flexibilizar o processo pedagógico no ensino regular;
b)      Favorecer o processo de Inclusão Educacional desafiando os preconceitos para aprender a aceitar as diferenças e a não discriminar;
c)      Reconhecer e valorizar a diversidade;
d)     Promover a iniciação do aprendizado de LIBRAS de forma cooperativa; e
e)       Envolver toda a comunidade escolar em atividades variadas.


2 REVISÃO DE LITERATURA




Analisando a perspectiva da inclusão como modos de se pensar a escola, entendendo-a como uma inovação educacional, MACHADO (2006) ressalta a significância da inclusão nas escolas:

A inclusão escolar leva em consideração a pluralidade das culturas, a complexidade das redes de interação humanas. Ela não está limitada à inserção de alunos com deficiência nas redes regulares de ensino, pois beneficia todos os alunos, com e sem deficiência, que são excluídos das escolas comuns e denuncia o caráter igualmente excludente do ensino tradicional ministrado nas salas de aula do ensino regular, motivando um profundo redimensionamento nos processos de ensino e de aprendizagem.
 
O Projeto de Inclusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nas classes comuns de ensino regular vem em caráter experimental, mas já se antecipa alguns resultados, conforme GUARINELLO (2007) aponta “o enfoque educacional bilíngue envolve atitudes positivas com as pessoas surdas e a língua de sinais [...]; ainda relata quanto à experiências bem sucedidas da proposta bilíngue, “ a implementação da proposta bilíngue fez com que a auto-estima dos surdos melhorasse [...] que fossem oferecidas aos surdos as mesmas oportunidades dadas aos ouvintes”. Observa-se que é o mínimo a fazer-se, além disso inúmeros frutos poderão ser colhidos no desenvolver de tal projeto.
Faz-se importante salientar o que vem a ser a Língua Brasileira de Sinais e GUARINELLO (2007) relata que “[...] é uma língua viso-espacial que se articula por meio das mãos, das expressões faciais e do corpo”. Seguindo [...] “as mesmas regras das outras línguas de sinais; elas são produzidas em um espaço na frente do corpo que se estende do topo da cabeça até a cintura, tendo uma distância entre a mão direita e a esquerda estendidas lateralmente.” Nota-se que a iniciação em LIBRAS poderá permitir o desenvolvimento de expressões, o estreitamento das relações no contexto da comunidade escolar.

A Língua de Sinais para GUARINELLO apud FERREIRA BRITO et al. (1998) “ [...] surgiu espontaneamente da interação entre pessoas e porque ‘devido a sua estrutura, permitem a expressão de qualquer conceito [...] e de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano.’

Uma vez permitida a efetiva vivência da pessoa surda com ouvintes, ainda que seja apenas um surdo inserido no contexto escolar, a exemplo da realidade da nossa Unidade Escolar, iniciar-se-á os primeiros passos rumo à inclusão. Tal ação conduzirá à outras questões relevantes como o modo com que os profissionais lidam com as diferenças, tornando-os mais reflexivos quanto às suas práticas cotidianas, minimizando os ranços do ensino tradicional, dando abertura às práticas inclusivas que envolvem a participação e o desenvolvimento de TODOS.

 


3 METODOLOGIA



As aulas se desenvolverão nas classes comuns de ensino regular quinzenalmente e com duração de 30 minutos.
Os conteúdos a serem abordados deverão se adequar ao nível de cada turma. Inicialmente os conteúdos das turmas de Jardim I, Jardim II e 1º ano serão:
·         Vogais;
·         Números de 0 a 9;
·         Cumprimentos;
·         Animais e
·         Palavras de uso cotidiano.
Nas turmas de 2º, 3º, 4º e 5º anos os conteúdos básicos serão:
·         Alfabeto;
·         Números;
·         Palavras e
·         Frases de uso cotidiano.

As aulas serão planejadas em conjunto: Professora de Recursos Multifuncionais/ Professores das salas de Ensino Regular/ Profissional com surdez que atua na Unidade Escolar.
Fundamentar-se-á o presente projeto com pesquisas de literatura sobre o tema inclusão, o que ampliará o acervo de pesquisa para a comunidade escolar.
O projeto terá como fio condutor o trabalho com o lúdico. Utilizar-se-á jogos e brincadeiras para que as crianças possam se apropriar do mundo. O papel do instrutor surdo juntamente com os professores será de direcionamento e intervenção nas situações que se apresentarem no desenvolvimento das atividades.
Além do trabalho em sala quinzenalmente, pretende-se a formação de um Coral de LIBRAS, o qual se apresentará nos diversos eventos da Unidade Escolar.
A avaliação será de maneira contínua, todos os agentes envolvidos darão sua contribuição na avaliação do projeto. Utilizar-se-á de auto-avalição e análise do envolvimento e participação, bem como de relatórios das experiências vivenciadas.

  
  4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



GUARINELLO, A. C. O papel do outro na escrita do sujeito surdo. [S. I]. : Plexus, 2007.

MACHADO, R. Educação inclusiva: revisar e refazer a cultura escolar. [S. I. : s. n], 2006. 


Preserve os direitos autorais dando os devidos créditos ao autor do projeto: Chyntia Silva Teixeira